DOSSIER CULTURAL: A CASA TIPICAMENTE FRANCESA
A propósito das afirmações de João Figueiredo na notícia anterior: "O meu sonho é ver pinheiros nos telhados de todos os prédios e acabar com essas casas tipicamente francesas! É possível!", que desencadearam o envio de centenas de cartas de protesto para a redacção d' A Badonga, importa esclarecer os nossos estimados leitores sobre a problemática da casa tipicamente francesa.
A casa tipicamente francesa reveste-se duma série de particularidades que a tornam única, com um estilo muito sui generis, dificilmente do agrado do observador comum, no entanto, muito apreciada pelos franceses e por alguns emigrantes portugueses regressados de França.
De dimensão nem muito grande nem muito pequena, a casa tipicamente francesa aparece amiúde pintada, de paredes nem muito grossas nem muito finas, térmica e acusticamente isolada - conforme -, portas e janelas em materiais bonitos, que dão um toque de sei lá à casa e aos moradores que lá vivem.
O telhado da casa tipicamente francesa caracteriza-se, grosso modo, pela cor preta da sua telha, segundo alguns estudiosos de telhados, toldos e demais coberturas, reminiscências colonialistas. É justamente o telhado preto da casa tipicamente francesa que levanta mais polémica entre os observadores deste tipo de habitação.
Confrontado com a onda de protestos, João Figueiredo, sócio do movimento Vamos Acabar Com As (VACA), e mentor do projecto Vamos Acabar Com As Casas Tipicamente Francesas (VACA-CATIFRA), exclareceu: "Eu não odeio essas casas tipicamente francesas", rematando, "Não, estava a brincar, odeio mesmo!"